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Sobrevida à alta hospitalar de acordo com a idade gestacional em semanas dos centros da RBPN entre 2014 e 2020

By 16 de março de 2022Nossos dados

A sobrevida de pacientes prematuros varia amplamente de acordo com a idade gestacional e com o local de nascimento. Essas diferenças podem estar relacionadas à qualidade do cuidado antenatal, da assistência ao parto e atendimento antenatal, às variações das características da população, à coleta das informações ou ainda, principalmente para os extremos prematuros, relacionadas à decisões éticas no manejo ativo desses pacientes logo após o nascimento. (1)

Em três coortes Européias: EXPRESS (Suécia, 2004 a 2006), EPICure-2 (Inglaterra, 2006) e EPIPAGE-2 (França, 2011), a sobrevida dos menores de 23 semanas foi de 12, 7 e 0,2%, respectivamente; e para os de 26 semanas de idade gestacional ao nascimento foi de 36, 43 e 56%. (1) No Canadá a sobrevida a alta hospitalar em uma coorte de 19.507 recém-nascidos de muito baixo peso admitidos em 17 unidades neonatais foi maior do que 90% para os acima de 27 semanas, chegando a quase 40% para os de 23 semanas entre 1996 e 1997. (2) Para os centros da Neonatal Research Network (NRN) a sobrevida dos recém-nascidos de 23 semanas entre 2008 e 2012 foi de 26% (97/371) e 49% (535/1083) entre 2013 a 2018. A sobrevida dos nascidos com 24 semanas foi de 60% (358/595) entre 2008 e 2012 e 70% (972/1391) entre 2012 e 2018; e ficou acima de 90% nos pacientes de 27 semanas nos dois períodos. (3, 4)

Nos 20 centros da Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais foram analisados 8.514 recém-nascidos entre 23 e 31 semanas de idade gestacional, com peso de nascimento entre 400 e 1499 gramas, sem malformações e nascidos nos próprios centros da rede, entre 2014 a 2020. Observou-se uma sobrevida à alta hospitalar acima de 90% para os recém-nascidos de 30 e 31 semanas de idade gestacional com redução gradativa desta sobrevida com a diminuição das semanas de gestação, chegando a uma sobrevida de 9% entre os recém-nascidos de 23 semanas. A sobrevida à alta hospitalar ultrapassa 50% a partir de 26 semanas de idade gestacional.

REFERÊNCIAS

  1. Horbar JD, Carpenter JH, Badger GJ, Kenny MJ, Soll RF, Morrow KA, Buzas JS. Mortality and neonatal morbidity among infants 501 to 1500 grams from 2000 to 2009. 2012 Jun 1;129(6):1019-26.
  2. Jones HP, Karuri S, Cronin CM, Ohlsson A, Peliowski A, Synnes A, Lee SK; Canadian Neonatal Network. Actuarial survival of a large Canadian cohort of preterm infants. BMC Pediatr. 2005 Nov 9;5:40.
  3. Stoll BJ, Hansen NI, Bell EF, Walsh MC, Carlo WA, Shankaran S, Laptook AR, Sánchez PJ, Van Meurs KP, Wyckoff M, Das A, Hale EC, Ball MB, Newman NS, Schibler K, Poindexter BB, Kennedy KA, Cotten CM, Watterberg KL, D’Angio CT, DeMauro SB, Truog WE, Devaskar U, Higgins RD; Eunice Kennedy Shriver National Institute of Child Health and Human Development Neonatal Research Network. Trends in Care Practices, Morbidity, and Mortality of Extremely Preterm Neonates, 1993-2012. 2015 Sep 8;314(10):1039-51
  4. Bell EF, Hintz SR, Hansen NI, Bann CM, Wyckoff MH, DeMauro SB, Walsh MC, Vohr BR, Stoll BJ, Carlo WA, Van Meurs KP, Rysavy MA, Patel RM, Merhar SL, Sánchez PJ, Laptook AR, Hibbs AM, Cotten CM, D’Angio CT, Winter S, Fuller J, Das A; Eunice Kennedy Shriver National Institute of Child Health and Human Development Neonatal Research Network. Mortality, In-Hospital Morbidity, Care Practices, and 2-Year Outcomes for Extremely Preterm Infants in the US, 2013-2018. 2022 Jan 18;327(3):248-263.

 

* COMO CITAR ESTA REFERÊNCIA:
Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais -RBPN [homepage on the Internet]. Sobrevida à alta hospitalar de acordo com a idade gestacional em semanas dos centros da RBPN entre 2014 e 2020. [cited 2022 Mar 16]. Available from: http://www.redeneonatal.com.br